Nossa nova proposta visa enriquecer, questionar, simular cenários e apontar que não basta simplesmente trocar os equipamentos se não houver gerenciamento e mudança de comportamento – o que eu quero dizer como isso é que de nada valeria substituir equipamentos se não for possível conhecer a situação que antecedeu e sucedeu esse ato. Citando uma experiência: de nada valeria trocar as lâmpadas por econômicas ou mais eficientes, como as lâmpadas de LED, se fossem deixadas as lâmpadas o tempo inteiro energizadas ou não mensurar os resultados por meio de gerenciamento ou mesmo a substituição de motores por outros mais eficientes, se não for estabelecida de qual forma de eficiência estamos tratando, porque na aplicação de peças e partes voltadas a eficiência energética, obviamente, elas não foram testadas em todas as condições de utilização e poderia ser que para aquela aplicação especial, por exemplo, ela não fosse extremamente adequada, o que incutiria um custo elevado sem resultados que justificassem a troca e nem sequer se essa troca era o mais indicado para aquele momento, por não houver uma metrologia adequada para saber por exemplo se era mais um problema de dimensionamento de capacidade de equipamento do que a troca por equipamentos mais eficientes.
A partir deste conceito a empresa concebeu um sistema, o SIGE – Sistema Integrado de Gerenciamento de Energia, denominado integrado porque oferece o gerenciamento de todos os vetores energéticos disponíveis dentro de uma planta. Fluídicos como gases, ar-comprimido, água, quer dizer, todos os recursos disponíveis, além da energia elétrica. Esse sistema tem como propósito, no primeiro momento, fazer com que o usuário conheça os seus padrões de consumo, atribua tecnicamente e não mais arbitrariamente os dispêndios de energia em cada uma de suas atividades, departamentos, áreas e produtos, conhecendo a partir daí seus Benchmarking ou seja conhecer quais os níveis existentes e definir suas metas para produção x consumo. Acompanhar e comparar estes números com máquinas ou atividades similares. Conhecer o comportamento de máquinas e equipamentos ao longo da sua vida útil ou mesmo em mudanças de turnos, operadores, condições ambientais, levar a uma simples e fácil maneira de identificar o momento da necessidade de manutenção, substituição e modernização. Outro ponto de destaque é o acompanhamento de intervenções e a constatação de que eles não afetaram o rendimento por relação direta com a eficiência. Exemplificando: se em uma intervenção para reparo de um motor ou em uma substituição de uma outra peça qualquer a máquina passou a ter um desempenho inferior, isto poderia representar indicativos que levam à ineficiência. Tudo isso só é possível por meio de gestão de todos os vetores energéticos envolvidos, seja numa linha de produção, seja numa máquina, seja num dado produto. De maneira direta podemos dizer que os gestores, encarregados nos ganhos de eficiência, procuram conhecer qual é o gasto com vetores energéticos em cada peça ou produto que é produzido dentro de uma fábrica. Essa questão tem se repercutido com sucesso onde implantamos o nosso sistema. Em todas as plantas sempre encontram-se potenciais de economia e, mais do que isso, as empresas passaram a ter referência para saber o que é bom, o que é ruim e quais são as suas metas, sem essas premissas nada seria eficaz, isto é, a troca dos equipamentos seria uma medida profilática, mas ela não resolveria o problema, se a organização não souber o que acontece ao longo do tempo e das paradas dos equipamentos.
Repito sempre que eficiência energética não deve ser um assunto exclusivo de especialistas e que as informações advindas de um sistema de gerenciamento devem ser suficientemente claras para que os gestores, conhecedores de seus produtos, matérias-primas e mercado, tenham subsídios para tomar as melhores decisões. Isso me parece cristalino porque dificilmente uma empresa como a Metrum deteria uma expertise tão variada quanto as diferentes plantas e atividades que ela atende a ponto de decretar se a performance de uma correia transportadora, dentro de uma mina, a torna viável ou inviável, se uma correia tem performance 20% abaixo de uma similar é uma informação razoável ou se deve ser desligada para uma manutenção ou mesmo ser substituída. Essa avaliação, preferencialmente, tem que ser feita pelas pessoas especialistas no produto ou naquela atividade ou por quem conhece o custo do produto e o quanto ele vende.
A Metrum não tem pretensão de ser uma empresa que definirá quais as máquinas devem ser reparadas, substituídas ou melhoradas, entretanto, dará informações extremamente relevantes de fácil compreensão e aplicação aos usuários, comandantes das atividades nas plantas, para que eles próprios, conhecedores de suas atividades, margens e custos, decidam qual a melhor maneira de efetivar a otimização de equipamentos e máquinas. Esta é uma ótica diferenciada do que se pretendeu até os dias atuais para a definição do que é a eficiência energética. E é, por essa ótica, que a Metrum tem encontrado na maioria das empresas de pequeno, médio e grande porte, dos diversos ramos de atividades, o retorno da obtenção pretendida dos melhores resultados por meio de um método e sistema factível, real e não simplesmente ilações baseadas em valores que sequer podem ser mensurados, seja antes ou depois da instalação, caso nenhum tipo de gestão de insumos energéticos seja adotada.
“Baseado em custos médios internacionais o custo da energia disponibilizada por investimentos em Eficiência Energética é de pouco mais de ¼ do valor de qualquer outra fonte disponível.” – O Combustível Invisível – The Economist.
”A quinta maior fonte de energia disponível no mundo, hoje em dia, é a Eficiência Energética.” – ONU.
“A Energia mais limpa e sustentável é a energia poupada.” – ONU.